sexta-feira, 23 de junho de 2017




Tenho estado em modo "stand by". Não tenho escrito, não tenho realizado grande coisa. Tenho-me sentido em piloto automático, como se visse os dias a passar, sem que eu passasse por eles.
Esta semana voou. Perdi-me no mundo lá fora e esqueci-me de mim. Senti-me tantas vezes fora do meu corpo, quase ao ponto de precisar de um beliscão para acordar (pergunto-me se isso só acontece comigo).
Têm sido dias de dormência.
Não foi possível afastar o pensamento das vidas que se perderam.
Tentamos manter uma distância saudável do sofrimento dos outros, porque é a única forma de vivermos a nossa vida de uma forma positiva, de avançarmos. Porque é exatamente, por a vida ser tão efémera, que devemos vivê-la intensamente (algo que esquecemos tantas vezes na correria dos dias).
Mas é também esta empatia, este sentir, que nos faz sentir vivos, que faz de nós humanos. E até ela, é necessária.
Aos poucos vamos acordando, avançando, vivendo as nossas vidas, quando outros não o podem fazer.
Voltamos a erguer a barreira, a distanciarmo-nos, na esperança de que todos os dias saibamos agradecer a presença dos nossos na nossa vida. E nada, é mais importante do que isso.


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